Entenda melhor:
Entender a jornada de compra do cliente é fundamental para construir uma estratégia de uma marca. Ainda mais quando o assunto é vendas online, saber as características do usuário é importantíssimo. Entretanto, o mundo do varejo tem mudado rapidamente ao longo dos últimos anos. Levando os consumidores a adotarem novas particularidades.
Mesmo antes das redes sociais surgirem, as pessoas já se envolviam em discussões sobre produtos e serviços. Quais as melhores ofertas, qualidade, avaliações e recomendações. Hoje em dia, a internet impulsionou esses debates de forma nunca vista anteriormente. Ajudando tanto quem vende e também quem compra. Estamos numa época de mobilidade e conectividade, levando a uma enorme possibilidade de marcas e produtos nas mãos.
Por isso, é preciso criar estratégias para se destacar da concorrência numerosa, e criar uma relação com os consumidores. O que temos visto hoje, é que muitas vezes um prazer inesperado com uma marca pode resultar em um cliente fiel. Isso é chamado de omnichannel, que nada mais é do que o consumidor no centro das atenções. Essa tendência de personalização extrema mexe com as dinâmicas de vendas, e acaba dando abertura ao social selling.
Social selling:
O social selling é uma estratégia usada nas redes sociais para criar marcas bem consolidadas e uma relação próxima com os consumidores. A técnica procura adiantar etapas da jornada de compra, utilizando ferramentas como influenciadores digitais, links de finalização, troca de mensagem instantânea e entre outras. O Instagram shop também é um instrumento utilizado para facilitar o ato da compra. Ali, marcas podem divulgar e agilizar o ato de comprar.
Alguns dados:
Na indústria da moda, a concorrência é altíssima. Por isso, estratégias que sejam de acordo com a jornada de compra do consumidor são extremamente relevantes. As compras, normalmente, não são por necessidade, elas tem uma questão social, identificação e realização. Tornando ainda mais importante a experiência do ato da compra.
A empresa Zendesk desenvolveu uma pesquisa chamada “CX trends”. Nela, foi constatado que 76% dos consumidores consideram a experiência mais importante do que nos anos anteriores. Um outro dado interessante, é que 60% deles acreditam que após a pandemia o atendimento personalizado aumentou, porém ainda tem margem para crescimento. O novo consumidor é mais engajado e querem marcas que se alinhem com seus valores. Marcas precisam inovar para manter o sucesso nessa nova característica cultural.
Modelo 5As:
Philip Kotler, conhecido atualmente como o pai do marketing escreveu um livro chamado “Marketing 4.0”. Nele, ele cita o modelo dos 5 A’s, que nada mais são que os 5 estágios que o consumidor passa. Através desse modelo, o autor explica a importância de entender o público alvo e de criar campanhas adequadas para a jornada de compra. Os 5 A’s são:
Assimilação:
As pessoas são apresentadas a diversas opções de marcas. Seja por experiências anteriores, propagandas, redes sociais ou indicação de amigos e influenciadores.
Atração:
Após serem apresentados a todas as opções, os consumidores reduzem a lista a um número pequeno de marcas.
Arguição:
Essa pequena lista de opções agora é avaliada ativamente, seja por família, amigos ou redes sociais. Toda informação é muito importante.
Ação:
Essas informações adicionais são analisadas e o consumidor decide por uma marca específica. Normalmente é a que se mais assemelha aos seus próprios valores.
Apologia:
O tempo faz com que esses consumidores desenvolvam uma fidelidade à marca. Compras recorrentes e até mesmo uma defesa por ela nas redes sociais e perante a amigos e familiares.
Outras tendências:
Principalmente após a pandemia, as empresas foram forçadas a desenvolver um plano B para seus clientes. Planos de assinaturas e compras em grupos são algumas das alternativas encontradas por marcas nesse momento de escassez. Uma outra tendência vista no ano de 2021 e que vem aumentando cada vez mais é a preocupação com o meio ambiente. Esse grupo de pessoas espera que as marcas adotem estratégias transparentes e que causem um impacto positivo no planeta.
Os consumidores mais idosos estão cada vez mais à vontade com o uso da tecnologia. 82% dessa faixa etária já possui smartphones, e já fazem parte da parcela de pessoas que compra online. Além disso, o metaverso vem movimentando as dinâmicas de marcas no varejo da moda. Empresas estão aproveitando esse novo ambiente virtual para se propagarem cada vez mais. Elas estão criando experiências novas e personalizadas para cada usuário.
A busca pela auto aceitação é uma das maiores tendências na moda. A inclusão de diferentes corpos e a procura pelo conforto têm sido vistas cada vez mais no mercado. O cuidado com a mente da mesma forma que preocupamos com o corpo também tem ganhado cada vez mais visibilidade ao redor do mundo.
Conclusão:
Para conseguir sucesso no varejo de moda, as empresas precisam entender melhor as características do novo consumidor. Saber os pontos por que eles passam até a compra final. Além e também desenvolver estratégias para que eles voltem no futuro pode fazer a diferença em meio a tanta concorrência. Os consumidores estão cada vez mais engajados, e procuram por uma experiência personalizada. Aquela mesma receita de bolo não satisfaz mais.