Andreia Pellisson

online shopping

Paradoxo da Socialização

Os consumidores têm cada vez mais retomado a vida normal após o período pandêmico. Contudo, a forma com que cada um tem voltado varia de acordo com a busca por níveis de conforto. Alguns querem voltar à vida normal pré-pandêmica, enquanto outros ainda não estão tão confortáveis como antes. Isso é o fenômeno que tem sido chamado de paradoxo da socialização. 

Com isso em mente, marcas têm tido que criar opções de produtos e serviços para esses diferentes públicos e canais. Tendo em mente a experiência do consumidor em primeiro lugar. Independente da forma como a pessoa vai consumir tal produto. Explorar esses novos modelos de negócios já tem sido uma realidade estratégica de empresas, e deve se tornar o foco nos próximos meses. 

Ainda que muitos estejam ansiosos com os passos em direção à normalidade, uma grande parte dos consumidores se acostumaram com a vida mais reclusa e com a facilidade de comprar de casa. Por isso, hoje vivemos num momento híbrido, onde empresas de diversos setores (se não todos), estão oferecendo soluções digitais. Essa característica dos consumidores só mostra como as marcas devem estar cada vez mais flexíveis para satisfazer as necessidades dos consumidores que estão cada vez mais constantes. 

Entenda melhor 

O paradoxo da socialização nada mais é do que uma fase comportamental pós pandemia. E acaba influenciando diretamente os hábitos de consumo de um grande número de consumidores. E temos visto uma grande flexibilidade por parte dos fornecedores. 

O trabalho remoto continua, e inclusive tem sido o modelo que mais funciona para diversas empresas. Os eventos virtuais também acabam coexistindo com os compromissos presenciais. Já os consumidores querem ter a opção de escolha. Ou seja, eles querem ser os pilotos de suas experiências. 

O paradoxo da socialização acaba definindo a forma pelas quais os consumidores têm voltado à sua rotina. Um grupo gostou do confinamento e adotou esse modelo como um estilo de vida. Outra parte ficou inquieta e rebelde, e assim que possível já voltaram a participar plenamente da sociedade. 

As alterações radicais provocadas pela pandemia no estilo de vida das pessoas teve um reflexo mais profundo do que muitos gostariam de admitir. Agora o consumidor é quem manda, e ele quer opções. E é papel das empresas se adaptarem ao que for possível.

Recuperação do consumo

A postura das marcas tem sido extremamente flexível quando se trata de dar ao consumidor a experiência que ele está procurando. Opções digitais, assim como presenciais e até mesmo híbridas têm sido um quesito importante no portfólio daquelas empresas que escutam seus clientes.

As empresas que conseguiram ser resilientes e compensaram as visitas físicas se viram num momento oportuno durante a pandemia. Sabendo desta necessidade dos consumidores, as marcas que conseguiram entregar uma experiência para o consumidor mesmo não tendo a presença física, não ficaram para trás num momento tão atípico. 

Hoje, a disponibilidade desses três modelos têm sido uma oportunidade para marcas expandirem seu leque de consumidores. À medida que o foco muda para alguns, mas se mantém para outros, a implantação desses modelos diversificados pode ser o segredo para agradar o consumidor do futuro.

É importante destacar que mesmo os consumidores que optam pelas transações online estão atrás de uma experiência. Eles procuram uma conexão pessoal. Por isso é de extrema importância que marcas consigam entender a necessidade dos clientes à distância para entregar o que eles procuram. 

Dados

Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, constatou que 76% dos entrevistados ainda hesitam quando se trata de ter uma vida 100% normal. O estudo apontou que a maioria das pessoas ainda estão preocupadas com a saúde e tem aderido a uma rotina híbrida. Grande parte dos entrevistados diz que quando se trata de consumo, preferem fazer online, e deixam a socialização para ocasiões extremamente necessárias. 

O paradoxo da socialização mostra que os níveis de conforto são variáveis a partir de cada um. Ainda que tenham a vontade de socializar, o fazem com uma certa precaução. Por isso que modelos híbridos são uma boa alternativa. Já que deixam o consumidor no controle de sua experiência. As empresas, no entanto, devem ampliar as opções sem sacrificar a qualidade das experiências. 

Conclusão

O que fica claro com o paradoxo da socialização é que apenas voltar a adotar práticas que davam certo antes da pandemia não é suficiente. Assim como as pessoas mudaram durante o período pandêmico, os hábitos de consumo não seriam diferentes. As alterações radicais no estilo de vida das pessoas levaram elas a refletir mais e tomar decisões que as colocam em primeiro lugar. A busca por uma experiência personalizada é mais forte do que nunca, e as marcas vêm tendo que se adaptar a isso. 

As marcas precisam estar em constante atenção com seus consumidores para entenderem de fato como satisfazê-los. Devem acompanhar as mudanças nos hábitos de consumo que acontecem mais rápido do que nunca, e assim criarem uma relação verdadeira com seus clientes.

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