Hoje em dia não basta oferecer um produto, é preciso criar uma conexão com o cliente que deseja sentir-se fazendo parte do mesmo universo, entendendo que moda vai além da roupa ou produto em questão, por isso marcas do mundo todo estão investindo alto em tecnologias para lançar coleções de maneiras tão impactantes como aconteciam nas passarelas e o Brasil não fica de fora no quesito inovação. Se compararmos o mercado de moda de 10 anos atrás ou até mesmo antes da pandemia existia pouco o hábito do consumidor comprar pela internet, mas a pandemia modificou o mercado e o modelo de negócio on- line está crescendo de maneira exponencial.
Mudanças no mercado de antes para o atual.
É impossível falar de futuro da moda sem falar de tecnologia. O cenário cada vez mais virtual e tecnológico faz com que ocorra um maior investimento dos empreendedores da moda brasileira no modelo de negócio on-line já que não é preciso ser grande para começar, porém as marcas mais jovens, que nasceram dentro desse conceito, estão com mais facilidade de oferecer experiência ao cliente do que as maiores, já estabelecidas, que ainda estão entendendo esse novo modelo por isso a atenção aos detalhes pode fazer toda a diferença.
Antes o consumidor buscava um produto com disponibilidade de tempo e local para experimentar, hoje é preciso quebrar as barreiras que o consumidor tem percebendo qual a melhor maneira de trazê-lo para dentro do App de navegação. Hoje o consumidor deseja ser encantado com uma nova experiência o que significa dizer que ele deseja adquirir mais do que apenas um produto e para isso as marcas precisarão compreender a necessidade de seu público.
Antes o consumidor queria experiência, encantamento, preço, hoje além de tudo isto ele também deseja informação, conhecimento, já que os consumidores devem passar menos tempo dentro das lojas e interagir menos com os produtos.
Prioridades-chave dos clientes
Segundo um estudo feito pelo Dafiti Group e pela WGSN Mindset o varejo digital de moda deve continuar ganhando força nos próximos meses, mas precisa desenvolver ferramentas que criem uma experiência de compra mais próxima da presencial. O estudo categoriza sete prioridades-chave dos consumidores daqui para frente: reforma social, proteção e segurança, dicotomia tecnológica, novas comunidades, meio ambiente, geração recessão e novas alianças. São essas prioridades que direcionam como desejam consumir, afetando diretamente as escolhas de moda.
Destacam-se conceitos como diversidade, autoexpressão e segurança. Isto significa que, daqui para frente, inclusão e sustentabilidade serão estruturais para qualquer marca e devem impactar não só a comunicação, mas toda a forma de pensar o negócio. A análise mostra que pandemia, emergência climática, descolonização e recessão já são atualmente propulsores de transformação social, e levam a pressão por reformas sociais, busca por mais segurança, reduzindo o consumo por gratificação imediata, estreitamento de comunidades e maior atenção às questões ambientais.
Outro ponto de atenção é a importância de permitir que as pessoas se destaquem a partir das suas personalidades, pois o consumidor deve valorizar cada vez mais marcas que dão espaço à pluralidade de identidades e também de interesses em cada indivíduo.
Para elaborar o estudo, foram realizadas entrevistas com 10 especialistas no setor. Envolveram-se no projeto Cassandra Napoli, estrategista sênior de Digital Media & Marketing na WGSN; Eduardo Ribeiro, sócio-fundador e diretor-executivo da DBMAX Inteligência Estratégica; Jackson Araújo, consultor criativo e especialista em tendências; Michel Jasper, LinkedIn Top Voice 2020, fundador do Amo Varejo e diretor-geral da Web Jasper; e Petah Marian, estrategista-sênior na WGSN Insight.
E quais as soluções para empreendedores da moda brasileira?
Busque conhecer o cliente
O que encanta o cliente?
Quais são os seus hábitos de compra?
O que ele busca? O que ele gosta? O que ele prioriza?
Qual seu estilo de vida?
Qual a comunicação da marca para com as necessidades desse cliente?
Como é possível trazer este consumidor mais próximo da marca?
O que conecta o cliente a marca?
Crie experiências de marca no mundo virtual
Se o cliente deseja conexão na hora de finalizar a compra é fundamental disponibilizar informações como: explicação da peça, detalhamento de caimento, tecido, tudo que pode ser relevante e criar uma nova experiência com o cliente para que o mesmo se sinta seguro quanto a sua escolha. Assessoria de moda, informações de tendências, estilo e de como montar sua imagem pessoal, são conteúdos que resolvem tensões e podem trazer o cliente mais próximo da marca, lembrando que detalhes podem fazer toda a diferença.
Busque suporte
Para oferecer plataformas e soluções para empreendedores da moda brasileira, o Santander criou ferramentas on-line e que permitem a criação até mesmo de lojas virtuais, o Parceiros em Ação e o Copiloto. O Parceiros em Ação é uma iniciativa de capacitação com cursos gratuitos sobre gestão e educação financeira para clientes e não clientes (parceirosemacao.com.br). A ideia é dar todo o suporte para novos empreendedores, e os resultados têm sido impressionantes (54% dos que fizeram um curso perceberam um aumento do faturamento após a capacitação). Outra ferramenta de gestão oferecida pelo banco é a Copiloto, que reúne toda a parte administrativa da empresa em um só lugar. Do controle do estoque e registros de pagamentos até o fluxo de caixa, emissão de notas e uma loja virtual. Mais prático e dentro das necessidades atuais, impossível.
Foto Ilustração: Shutterstock
Fonte: Dafiti Group – WGSN
por Andreia Pellisson