Andreia Pellisson

Mulheres Líderes

O futuro da liderança feminina

Cenário atual

A liderança feminina está cada vez mais ganhando espaço em diversos setores do mundo empresarial. As mulheres têm assumido cargos mais altos e aumentando sua representatividade nas empresas. Ainda que os números mostrem que a disparidade entre homens e mulheres seja grande, as grandes companhias já entendem a importância da diversidade nos ambientes de trabalho.

 A questão dos salários é um dos fatores que gera bastante destaque. Mulheres tendem a ser menos remuneradas por uma mesma função exercida. Outro tema bastante visto é a experiência feminina, que muitas vezes é questionada. Elas são mais propensas a terem sua autoridade colocada à prova, muito mais do que os homens. 

De todo modo, apesar das barreiras encontradas pelas mulheres no campo corporativo elas seguem tendo avanços significativos. O futuro da liderança feminina é muito promissor e diversas empresas já estão investindo em uma mudança cultural para atender a uma maior demanda de mulheres em seus ambientes de trabalho.

Dados

Alguns dados são importantes para entendermos onde a liderança feminina se encontra atualmente. Pesquisas feitas após a pandemia sugerem que mulheres tiveram ganhos importantes nas companhias. Muitas delas subiram de cargo e posições de alto escalão têm tido cada vez mais representatividade delas. 

No Brasil, no entanto, uma pesquisa divulgada pelo IBGE apontou que no país apenas 37.4% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres. Globalmente o número de empresas que possuem pelo menos uma mulher na alta gerência é de 87%. Ainda há um longo caminho quando se trata de diversidade de gêneros, mas avanços já têm sido vistos. 

Mulheres em cargos de liderança também foram melhor avaliadas durante a pandemia do coronavírus. Um estudo feito por Jack Zenger e Joseph Folkman observou que elas pontuaram mais que os homens em 13 das 19 competências de liderança avaliadas.

Liderança feminina

As mulheres ainda têm que lidar com alguns fatores que acabam dificultando sua liderança. Apesar das conquistas na equidade de gênero, muitas delas ainda enfrentam um “degrau quebrado” quando se trata de oportunidades.  Os homens têm mais possibilidades quando se trata de assumirem cargos mais altos, isso pode ser visto nos números mostrados acima. 

As mulheres se preparam melhor para promover o bem estar de suas equipes. Isso vai de construir um diálogo com os funcionários, controlar a carga horária e até mesmo fornecer suporte aqueles que estão passando por problemas como o burnout no ambiente de trabalho. 

Elas também são um exemplo quando se fala de diversidade e inclusão. Quando comparadas aos homens, elas são até duas vezes mais propensas a apoiar ações de diversidade no ambiente corporativo. Isso impacta também no recrutamento de pessoas de grupos pouco representados. 

Características da liderança feminina

A resiliência é a principal característica delas que ajuda quando se trata de liderança. Elas estão mais condicionadas a lidar com problemas e adversidades que aparecem no dia-a-dia. Esse tipo de habilidade é um dos quesitos mais procurados no mundo corporativo. Uma vez que estamos passando por momentos incertos, a perseverança é um fator importantíssimo. 

A empatia também vem ganhando importância no cenário corporativo. As mulheres naturalmente são mais empáticas que os homens, pois conseguem se colocar no lugar do outro. Dessa forma, contribuem para o clima organizacional e motivam aqueles que estão ao seu redor. 

As mulheres normalmente preferem a liderança horizontal. O que significa que elas acreditam na importância da contribuição dos demais colegas de equipe para chegar nos objetivos desejados. Elas tendem a formar equipes mais coesas e eficientes. 

A flexibilidade também é uma característica bastante feminina. Elas têm a habilidade de administrar diferentes responsabilidades o tempo todo e ainda sim levar em conta as necessidades dos membros da equipe. Isso ajuda também na adaptação das constantes mudanças do mercado atual.

Culturas organizacionais mais inclusivas

Não basta apenas oferecer as mesmas oportunidades que os homens têm. É preciso enxergar o potencial que as mulheres têm de contribuir para uma cultura organizacional mais forte. Além de entender as barreiras que elas enfrentam, é necessário também mudar a perspectiva de características de liderança. 

A Coca-Cola é a empresa que mais possui mulheres em posições de liderança. A companhia começou a perceber em 2012 a desigualdade entre homens e mulheres no topo, e a partir daí implementou ações que acabassem com os possíveis obstáculos que impediam elas de crescerem na empresa. 

Alguns exemplos de ações que são tomadas por empresas que no investimento da liderança feminina são: comitês focados em debater a liderança de mulheres; adoção de políticas formais em prol da equidade de gênero e diversidade; criação de um canal de denúncia à discriminação de gênero; incentivo ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

Conclusão:

Reconhecer as mulheres como líderes nada mais é do que propiciar um ambiente favorável para que elas cresçam dentro da empresa. De forma que se sintam valorizadas pelas características que elas naturalmente possuem. A liderança feminina já está acontecendo, e aquelas empresas que investem nisso têm colhido os benefícios desse investimento.

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