A internet mudou todos os aspectos de nossas vidas. Desde como trabalhamos até como interagimos uns com os outros. E foi uma questão de tempo até que o mundo digital se misturasse com a indústria da moda e chegasse no metaverso. A mídia social em geral está explorando o potencial das realidades virtuais para criar experiências imersivas que elevam a experiência dos usuários para um outro patamar.
Embora os filmes e jogos 3D já existam há vários anos, a indústria da moda agora está deixando sua marca no metaverso. O metaverso está fazendo com que todos vejamos a moda com novos olhos. Ainda que o metaverso esteja mais associado à indústria de tecnologia, ele está se expandindo lentamente na indústria da moda. Mark Zuckerberg ainda apresentou o Meta ao se mostrar trocando a roupa de seu avatar.
As gerações Millenial e Z estão liderando o caminho com a transição da indústria da moda de eventos presenciais para realidades virtuais. Eles são as gerações que cresceram com seus avatares online – em todos os lugares, do Club Penguin ao Stardoll e Facebook. O metaverso é a próxima evolução da internet. Se a primeira etapa foi nos fornecer informações, a segunda etapa foi permitir que nós contássemos além das fronteiras. A terceira fase da internet portanto – o metaverso – é a imersão no mundo virtual por meio de nossos avatares.
A forma como compramos está diferente
Quando a pandemia aconteceu, contamos ainda mais com a tecnologia para nos mantermos conectados ao mundo exterior. As vendas on-line atingiram um recorde, por isso os varejistas aproveitaram o metaverso para competir e oferecer à seus clientes a melhor experiência de compra.
Utilizar o metaverso significa que as marcas podem oferecer novas maneiras de experimentar roupas. Desde obter uma visão aprofundada de 360 graus da roupa até ser capaz de experimentá-la “virtualmente”. Esse universo virtual oferece à indústria da moda a capacidade de permitir que seus clientes experimentem e vejam as roupas nas quais estão interessados antes de clicar em “adicionar ao carrinho”. Ralph Lauren abriu recentemente uma loja virtual no Roblox. A plataforma tem quase 50 milhões de usuários ativos, permitindo que praticamente qualquer pessoa acesse as roupas virtuais da Ralph Lauren com apenas alguns cliques.
Os novos influenciadores
YouTube, Instagram e TikTok mudaram drasticamente o mundo do marketing. Já se foi o tempo em que as celebridades eram a escolha certa para os embaixadores da marca. As marcas de moda agora trabalham em direta colaboração com influenciadores e blogueiros, colocando-os na primeira fila da Fashion Week e até criando colaborações com eles.
O metaverso agora oferece aos estilistas e à indústria da moda a opção de criar seus próprios influenciadores que não terão um preço de seis dígitos para cada postagem. Embora nenhum designer tenha seguido esse caminho, está claro que os influenciadores virtuais estão prestes a se tornar mais comuns em nossos feeds de mídia social. Lil Miquela é um robô de 19 anos com um lifestyle de uma garota californiana. Suas postagens recebem dezenas de milhares de curtidas e ela aparece em campanhas da Calvin Klein – ao lado de modelos como Bella Hadid.
A moda e o mundo dos games
A presença digital está se tornando mais importante do que nunca. A forma como nos apresentamos online e nossa persona virtual está passando por uma reformulação. Agora seu avatar digital pode usar as mesmas roupas e acessórios de grife que você usa. À medida que os jogos digitais se tornam uma nova maneira das pessoas interagirem umas com as outras, nossos avatares estão ganhando um guarda-roupa estiloso próprio.
A Louis Vuitton foi uma das primeiras marcas de luxo a entrar no mundo dos jogos. Em 2019, eles criaram uma série de skins para o popular jogo ‘League of Legends’ que permitia aos usuários comprar roupas e acessórios. A Balenciaga também criou itens de moda que podem ser adquiridos dentro do jogo para Fortnite. Espera-se que o mercado de skins para vídeo games seja avaliado em US$ 40 bilhões por ano e esteja crescendo rapidamente.
O futuro da indústria da moda e o Metaverso
Jogos, tão variados quanto Roblox, Sims e League of Legends, estão oferecendo roupas de grife para seus avatares. Com a realidade virtual prestes a entrar na mídia social, não se surpreenda se o seu avatar de mídia social em breve estiver usando um cachecol Gucci ou uma blusa Ralph Lauren.
O potencial da indústria da moda dentro do metaverso é ilimitado. Uma coisa é certa: isso vai aproximar as marcas de moda de seus clientes como nunca antes. Você não precisa ser uma celebridade para participar da semana de moda e poderá comprar virtualmente em uma loja de grife com apenas alguns cliques.
A próxima geração de influenciadores pode não ser as estrelas do Tik Tok, mas robôs virtuais selecionados que permitem que as marcas criem seu influenciador ideal. Logo poderemos ver as marcas começarem a promover os NFTs como os produtos mais exclusivos de sua linha.
O metaverso está nos aproximando – quebrando as barreiras em torno da indústria da moda e criando a experiência mais imersiva possível. Enquanto Gucci, Balenciaga e Louis Vuitton foram pioneiras no metaverso, mais marcas estão fazendo essa transição.
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(Imagem retirada do site Fashion Network)