O futuro do trabalho vem passando por mudanças importantes. Essas tendências são vistas não só nas funções mas também na força e no local em que acontecem. Esses três aspectos: a atividade em si, que desempenha e como ele é realizado, vem necessitando de perspectivas mais amplas para criar cada vez mais valor.
O que temos visto hoje com frequência são as discussões e aplicações da inteligência artificial, com isso o medo da perda de espaço para os robôs se torna uma questão central. Apesar da automatização ser cada vez maior, é importante destacar que as tecnologias cognitivas são parte fundamental nas formas como as pessoas, companhias e a sociedade em si desenvolvem o trabalho.
Dados
Um estudo realizado pela Deloitte, analisou qual seria o futuro do trabalho. Eles forneceram uma visão geral das forças de transformação que impulsionam a evolução das funções, força e local de trabalho, além de oferecer perspectivas sobre como as organizações devem começar a responder aos novos desafios.
Através do estudo foi analisado que os empregos do futuro serão realmente movidos por tecnologia e que terão os dados como um ponto central. Foi constatado também que as habilidade humanas serão fundamentais em áreas de resolução de disfunções, comunicação, escuta e interpretação. Podemos entender então, que à medida que as máquinas assumem as questões mecânicas, o papel das pessoas se torna mais analítico. O design thinking também entra como ajuda para desenvolver novas capacidades e habilidades.
Design Thinking
O design thinking é muito mais do que a estética de produtos e serviços, ele tem a ver com inovação e faz parte do futuro do trabalho. É uma prática utilizada para entender as reais necessidades dos consumidores e oferecer soluções e/ou produtos de acordo com essa demanda. É a partir dessa metodologia que as pessoas vão conseguir ganhar mais espaço em um mundo onde as máquinas tomam conta.
O design thinking tem sido cada vez mais utilizado por empresas que querem aperfeiçoar seus processos e produtos. Uma de suas principais características é justamente a necessidade da capacidade humana com seu pensamento, potencial criativo e empatia na hora de criar o produto.
Seu maior diferencial é a sua eficiência para encontrar soluções para questões mais importantes da empresa, o que é fundamental para seu desenvolvimento e excelência a longo prazo.
Tendências no futuro do trabalho
Uma das principais tendências que estão sendo observadas é a avaliação da produtividade pelo resultado e não pelas horas trabalhadas, que nem sempre foi feito. Muitos até acreditam que semanas funcionais de quatro dias serão uma realidade no futuro do trabalho, e muitas empresas já estão adotando essa medida.
Como já era de se esperar, o metaverso se tornará parte importante da rotina de muitas corporações. Essa plataforma será usada tanto na contratação de profissionais em qualquer parte do globo, e também para aproximar as pessoas que trabalham a distância e possibilitarem uma união da equipe mesmo que não estejam no mesmo lugar fisicamente.
Uma questão que ganhou extrema visibilidade na pandemia, e que agora ganha lugar de destaque nas empresas é a saúde mental. Até então isso não era visto como algo a ser levado em consideração pelas corporações, mas de acordo com as tendências do futuro do trabalho essa pauta passa a ser um “problema” corporativo. A assistência por parte das empresas, seja ela financeira ou com orientações, vira um diferencial para que os funcionários sejam acolhidos diante de situações de necessidade. A epidemia de casos de burnout e o estabelecimento como uma doença do trabalho pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no início do ano, levou a questão para a esfera corporativa.
Ainda seguindo uma linha de priorizar a saúde mental, um estudo realizado pela Microsoft revelou como as prioridades dos funcionários mudaram nos últimos dois anos: 53% deles estão mais propensos a priorizar a saúde e o bem-estar em vez do trabalho do que antes da pandemia. E 47% estão mais propensos a priorizar a família e a vida pessoal do que o trabalho.
Os espaços de trabalho serão físicos e digitais ao mesmo tempo. Por meio de tecnologias como o metaverso, equipes poderão trabalhar juntas estando no mesmo lugar físico ou de home office. Será portanto papel dos líderes redesenhar o papel do ambiente presencial e manter uma comunicação eficiente a respeito do propósito desses encontros.
Conclusão
O futuro do trabalho tem uma perspectiva em que as máquinas vão pegar o espaço das atividades mecânicas. Por isso, a solução para o capital humano se dará em outras inteligências como a emocional, interpessoal, intrapessoal e motora. Esse tipo de trabalho não tem como ser automatizado, e é por aí que os futuros empregos ganham forças. Por esse motivo, acredito que o avanço da tecnologia e a transformação digital acelerada não nos substituirá no mercado de trabalho, mas continuamos tendo um desafio enorme de qualificação de nossa mão de obra. Desenvolver competências de nossa força de trabalho e termos pessoas pluralmente inteligentes é condição de sobrevivência no futuro do trabalho.
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