A necessidade de ganhar dinheiro num momento onde o número de desemprego no país é enorme deu origem ao termo uberização do trabalho. Isso nada mais é do que proporcionar um serviço para alguém de forma independente. Esse modelo tem como principal característica um estilo informal. Ele também é bem mais flexível e feito por demanda.
Não só no Brasil, mas no mundo em geral, o cenário econômico não é um dos melhores. Um aumento também no uso da inteligência artificial e na automação acaba uma escassez nas posições que antes eram ocupadas por pessoas. A partir desse cenário, trabalhadores estão buscando formas alternativas e complementares de renda.
Ainda que esse modelo de trabalho esteja tendo resultados positivos, alguns são contra esse estilo de emprego. Alguns acham que de certa forma, esse tipo de negócio pode trazer uma precarização do trabalho. O maior problema seria a ausência de obrigações e direitos trabalhistas. Muitos já defendem uma necessidade urgente da regulamentação desse novo processo.
Entenda melhor
O termo surgiu da empresa Uber, que tem como um de seus principais valores a liberdade dos motoristas. São eles que decidem as horas, dias e passageiros com quem querem trabalhar. O termo uberização do trabalho nada mais é do que a venda de um serviço a uma outra pessoa ou empresa, tudo isso de forma independente. Serviços esses que vão desde necessidades básicas como alimentação, até mesmo processos administrativos como emissão e formalização de documentos.
Muitos desses serviços são feitos por meio de aplicativos, contudo não se restringem apenas a essas plataformas. A ideia da uberização do trabalho é você se tornar seu próprio chefe; empresário e gestor. Podendo ser usado como fonte principal de renda ou até mesmo como forma adicional, já que é você quem faz os seus horários e escolhe a melhor maneira de entregar seus serviços.
Pontos positivos
O principal benefício da uberização do trabalho é a liberdade para escolher os horários e tarefas. Essa flexibilidade proporciona não só mais tempo para a vida pessoal, mas também é uma forma de as pessoas complementarem suas rendas mensais. Além disso você é o seu próprio chefe, isso faz com que você queira focar nos seus resultados e dê o melhor de si.
Pontos negativos
A falta de estabilidade é uma questão importante quando se trata desse sistema de trabalho. Não é certo que o salário venha ao final do mês, já que o mesmo depende diretamente do esforço ativo do trabalhador. A falta de uma legislação acaba gerando perdas de garantias trabalhistas e falta de remuneração em caso de horas extras.
Possíveis problemas com a uberização do trabalho
O modelo, ainda que tenha muitos pontos positivos, traz à tona algumas questões que devem ser levadas em consideração. Quando a pessoa não tem um emprego formalizado, ela acaba abrindo mão de algumas garantias. Além disso, pode muitas vezes acabar trabalhando muito mais do que o previsto por lei.
Esse estilo de trabalho não dá nenhum direito ao prestador do serviço. O que muitos especialistas temem, é que a falta de emprego no país esteja levando as pessoas a se submeterem a condições não muito favoráveis para conseguirem uma renda mínima para sobreviver.
A horas extras de um profissional autônomo podem às vezes passar de 14 horas diárias. Essas horas extras não implicam uma remuneração nem direito a férias. Além disso, não possuem descanso semanal remunerado muito menos licença à maternidade. O que coloca essas pessoas à mercê de uma perda de renda caso aconteça uma incapacidade de exercer o trabalho.
A regulamentação é tão necessária, e precisa ser feita o mais rápido possível. Contudo, é preciso um estudo sério sobre a legislação, uma vez que o grande diferencial desse modelo é justamente uma maior liberdade. O ideal seria ter um salário mínimo e algum tipo de contribuição com o INSS. A uberização do trabalho é positiva para a economia do país, já que é uma alternativa ao desemprego.
Oportunidades
Um ponto legal da uberização do trabalho é que o profissional pode privilegiar as áreas que leva mais jeito. Não existe a necessidade de explorar oportunidades fora de sua principal atuação, dessa forma as pessoas podem se especializar e dar maior atenção naquilo que realmente levam jeito. É importante ter uma identidade bem estabelecida quando se trata desse modelo de emprego.
Uma outra questão interessante é o fato de ter mais tempo para fazer o que gosta. A flexibilidade que esse estilo de trabalho oferece possibilita mais tempo de sobra, ou seja, mais oportunidades para se dedicar à família ou à vida pessoal.
Conclusão
O menor custo oferecido aos clientes, uma maior facilidade nos negócios e um barateamento nos serviços são alguns dos principais fatores que levam as pessoas a adotarem cada vez mais a uberização do trabalho. Pessoas físicas e empresas consideram mais lucrativo as relações de trabalho sem vínculos. Ou seja que demandem a legislação. E os profissionais autônomos veem essa forma de trabalho como uma alternativa em um momento de crise e instabilidade econômica.
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